Descubra como adaptar o seu município frente às mudanças climáticas

Em meio às crescentes preocupações com as mudanças climáticas e seus efeitos devastadores, as cidades ao redor do mundo estão enfrentando o desafio de se adaptar a um clima em constante transformação. A necessidade de promover a resiliência e mitigar os impactos das mudanças climáticas levou a uma busca ativa por soluções inovadoras que possam garantir um futuro sustentável.

Uma cidade adaptada ao clima é aquela que reconhece os riscos associados às mudanças climáticas e desenvolve estratégias eficazes para lidar com eles. Isso envolve a criação de políticas e infraestruturas que possam resistir a eventos extremos, como tempestades intensas, ondas de calor e inundações.

Para auxiliar os gestores e informar a população, selecionamos três medidas importantes que vão adequar as cidades no combate aos efeitos das mudanças climáticas. Confira a seguir: 

  • Otimizar a infraestrutura urbana 

A adaptação dos municípios envolve repensar o planejamento urbano. Cidades inteligentes precisam recorrer a tecnologias eficientes para melhorar a gestão de recursos e vida dos cidadãos. Dispositivos e sensores, como IoT, são as principais inteligências capazes de desenvolver uma região de forma definitiva. Conectando milhares de dispositivos, capturando dados e, por fim, enviando análises completas com velocidade, esse processo é uma das inovações que o IoT fornece para as cidades. 

Através da implementação desses sensores, a gestão municipal consegue: 

  1. Coletar dados em tempo real
  2. Otimizar o uso de recursos para melhorar os serviços prestados à população 
  3. Criar soluções eficazes que possam salvar vidas em situações emergenciais

 

São Paulo é um exemplo de instalação bem sucedida desta tecnologia. Considerada a cidade mais inteligente do país pelo Connected Smart Cities 2021, ela utiliza sensores nos semáforos para melhorar o fluxo em grandes avenidas. Os moradores da região se integraram ao processo e abraçaram o novo modelo. 

  • Implementação de sistema de transporte e mobilidade urbana eficiente 

Segundo o vice-diretor regional para a América Latina da Rede C 40, Ilan Cuperstein, afirmou no primeiro Fórum de Desenvolvimento Sustentável das Cidades que os transportes públicos são a maior causa de emissões na maioria das cidades da América Latina. Visto que os transportes destes países são majoritariamente rodoviários.

Tais emissões contribuem para que o planeta aqueça e o nível do mar aumente ano a ano, favorecendo a frequência dos eventos de inundações. Ainda de acordo com o vice-diretor, as emissões de transporte público podem cair até 80% com o uso de tecnologia. A adoção de um bom sistema de acompanhamento da mobilidade urbana, pode ser uma medida relevante para o auxílio nesta questão. 

Um exemplo de tecnologia capaz de melhorar a mobilidade urbana de uma cidade é a Cittua, plataforma inteligente de monitoramento em tempo real. Através de inteligência artificial, a plataforma coleta grande volume de dados e consegue entregar ao usuário informações sobre picos de trânsito, indicar possíveis riscos no trajeto e até enviar alertas de fortes tempestade. 

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Esse tipo de tecnologia é capaz de realizar uma transformação digital em uma região e aperfeiçoar o modo como ela gerencia suas estratégias de mobilidade. 

  • Adoção de práticas resilientes 

A adaptação às mudanças climáticas requer uma abordagem ampla, com ações que abrangem as especificidades das diversas regiões. Segundo o relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil está entre os países que têm a população mais exposta a riscos de inundações em áreas ribeirinhas, com aproximadamente 70 milhões de pessoas afetadas por enchentes no período de duas décadas.

Para superar esses desafios e conseguir estabelecer práticas eficazes de resiliência, foram desenvolvidas iniciativas que unem a tecnologia de Inteligência Artificial à Emissão de Alertas. Com esse sistema, vidas estão sendo transformadas, pois através do envio de informações sobre situações críticas causadas por eventos climáticos que a população consegue se manter segura. Um exemplo do impacto deste sistema é no auxílio à população ribeirinha que, como dito anteriormente, são historicamente afetadas. Por meio destes alertas, todos os moradores têm acesso a informações detalhadas sobre o nível das águas e os riscos do momento. 

Contudo, para uma adaptação assertiva é necessário a conscientização e a participação da comunidade. As cidades devem envolver os cidadãos em campanhas educativas e projetos que incentivem a adoção de práticas sustentáveis ​​para a redução do impacto ambiental. Além de garantir a inclusão, tais medidas colaboram para a construção de equidade na adaptação.

Com investimentos adequados e ações colaborativas entre governos, empresas e comunidades, é possível criar cidades mais resilientes e sustentáveis. A implementação de soluções inovadoras e a adoção de práticas conscientes são cruciais para garantir um futuro seguro para as gerações futuras.

Wiiglo

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